Vivemos uma realidade massacrante, as horas escorrem entre os dedos numa rapidez assustadora, não temos tempo ou paciência para prestarmos atenção aos detalhes…
Saímos para trabalhar de manhã ou ir para a faculdade e vamos correndo, meio que dormindo, já com a cabeça cheia de preocupações, compramos comida pronta no supermercado pois é rápido, ou pedimos pelo tele entregas, veja que maravilha .
Já na frente de uma televisão,com um bom filme, ou no computador quando estamos teclando com alguém, vamos engolindo a comida sem nem mastigarmos …aí quando nos damos conta ao irmos colocar aquela calça jeans que adoramos , ela não entra, está garroteando a cintura , mas compramos outra mais larguinha, uma batinha para disfarçar, até o momento que caímos na real e nos enxergamos no espelho, mas não a si mesma que conhecemos e sim uma desconhecida.
Nesse desespero de não sabermos em que nos transformamos, saímos correndo comprar uma revista na banca, essas de dietas e devoramos as “novidades” em busca de um remédio milagroso, um shake ou algum chá poderoso que poderá colocar um fim nessa situação
Vamos nos acostumando a todos os dias olharmos no espelho mas não nos enxergamos, passamos o batom , penteamos o cabelo automaticamente,e um número cada vez maior de mulheres e homens colocam a roupa e nem se olham, não querem se olhar ou prestar atenção no que está acontecendo.
Então a amiga a chama para sair e como não tem roupa que não fica bem, não sai, se acostuma ficar dento de casa curtindo a solidão. Aparece uma oportunidade de ir para a praia,mas temos vergonha de tirar a roupa, e assim vamos deixando nossa vida em stand by, não vivemos mais,vegetamos.
Mas a felicidade é uma porta que se abre para fora e não para dentro. Podemos olhar para as inúmeras portas que se abrem e ficarmos somente olhando, mas podemos levantar e sair da nossa zona de conforto e abrirmos as postas e olhar para fora.
Lembre-se que qualquer mudança na sua vida depende somente do seu desejo, de suas ações.
Um corpo magro não acontece de uma hora para outra, tem que propiciar mudanças, e isso exige paciência e comprometimento.
Luciana Kotaka - Psicóloga Clínica